Os temperamentos – um enfoque educacional
INTRODUÇÃO O "conhece-te a ti mesmo", de Sócrates, filósofo grego é um princípio de profunda sabedoria. Ninguém se conhece perfeitamente. Embora participantes da raça humana, cada um de nós é o resultado de muitos fatores: hereditariedade, raça, sexo, educação, circunstâncias de vida, fisiologia, qualidades naturais, ambiente, etc. O conhecer-se é um poderoso agente da nossa saúde mental, física e espiritual. Para chegar ao auto-conhecimento é importante conhecer o próprio temperamento. Ele é a chave para conhecermos as reações de diferentes comportamentos, qualidades e defeitos. O temperamento é a combinação de características congênitas que subconscientemente afetam o procedimento do indivíduo. A formação das características do temperamento é tão imprevisível quanto a cor dos olhos, dos cabelos, ou da dimensão do corpo. HISTÓRICO Atribui-se a Hipócrates (460 – 370 a.C.) o fato de a medicina preocupar-se com problemas psiquiátricos. Como resultado de sua cuidadosa observação dos diferentes comportamentos humanos, formulou uma teoria para explicá-los. Uma teoria bioquímica em sua essência, a dos Quatro Temperamentos, que relacionou aos humores do corpo ou fluidos orgânicos (hoje falamos em hormônios e outras substâncias bioquímicas que podem induzir ou afetar o comportamento humano). TEMPERAMENTOS Sangüíneo Colérico Melancólico Fleumático HUMORES CORPORAIS (do grego*) Sangue (*sanguis) Bílis amarela (*Kolé = bílis) Bílis negra (*Melas = negro / Kolé = bílis) Fleuma (*Phlema = fluído espesso)
Por muitos séculos este conceito foi perpetuado, poucas alterações ao conceito de Hipócrates foram oferecidas até o século XIX. Emmanuel Kant, filósofo alemão, foi o que mais influência teve na divulgação da idéia dos quatro temperamentos na Europa.
A concepção de que o temperamento seja determinado por um fluído orgânico foi superado há muito tempo, mas a quádrupla classificação de elementos é ainda amplamente utilizada. A