Os seres humanos que viraram carne
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Os seres humanos que viraram lingüiça Parece até uma conspiração para mostrar, numa dimensão inédita, os perigos da delinqüência juvenil. Nem superamos ainda a comoção pelo assassinato do casal de namorados, somos tomados de assalto por mais uma selvageria que envolve um adolescente - dessas de filmes de terror inverossímeis. Na quinta-feira, Leonardo José Pereira morreu, baleado pela polícia, por participar de um dos mais perversos seqüestros de que se tem notícia ultimamente. No prontuário de Leonardo na Febem, está o registro de posse ilegal de arma. Mas ele foi solto e enquadrado na condição de "liberdade assistida": ficaria na rua, longe da prisão, desde que se submetesse a programas oficiais para integrá-lo à sociedade. Encontrou "assistência" não no poder público, mas numa quadrilha de seqüestradores que manteve refém por 53 dias um homem de 81 anos, alimentado a cada dois dias. Joaquim Ferreira Dias, a vítima, não teve o direito nem de usar o banheiro ou de tomar um simples banho, reduzido à condição de animal, vivendo em meio a fezes e urina. A polícia chegou, na quinta-feira de madrugada, a um bairro da zona sul de São Paulo para libertar o refém, que tinha as mãos presas a um botijão de gás e os pés amarrados. Encontrou e eliminou Leonardo, segurança do cativeiro -que não teve direito à maioridade na vida. Gilberto Dimenstein Os Editoriais Novamente , são opinativos, argumentativos e possuem aquela mesma estrutura. Todos os jornais e revistas têm esses editoriais. Os principais diários do país produzem três textos desse gênero. Geralmente um deles tratará de política; outro, de economia; um outro, de temas internacionais. A diferença em relação ao artigo é que o autor, o editorialista, não expressa sua opinião, apenas serve de intermediário para revelar o ponto de vista da instituição, da empresa, do órgão de comunicação. Muitas vezes, esses editoriais são produzidos por mais de um profissional. O editorialista é, quase sempre, antigo na casa e,