Os reflexos das crises econômicas no brasil
O Brasil já passou por quatro grandes crises internacionais em oito anos de governo FHC e uma no governo Lula. Mesmo assim, nestes 15 anos de Plano Real o País melhorou muito, ganhou estabilidade econômica. E o mais importante: aprendeu a lidar com crises e pacotes econômicos. O brasileiro tem boa capacidade de adaptação, de criatividade, que poucas pessoas têm. Mesmo com carga tributária elevada, a mais alta taxa de juros reais do mundo, problemas infraestruturais graves e uma baita concentração de renda, temos uma economia criativa. O principal impacto, é que, por conta da situação econômica mundial, as empresas nacionais não crescerão tanto quanto gostariam. Com isso, perderemos vendas e não serão gerados tantos empregos para a população. Vamos crescer menos, mas não devemos chegar a falir. O governo vai aprofundar, este ano, as medidas tributárias de estímulo às exportações e à produção. Segundo Dilma a crise internacional, que levou as economias dos países desenvolvidos à recessão ou à estagnação, exige que o mercado brasileiro se torne mais competitivo. Além de medidas de estímulo à inovação e à formação de mão de obra, o governo quer melhorar a oferta de crédito aos produtores e combater todas as práticas comerciais predatórias. No Brasil, as vendas no varejo tiveram em maio a maior queda dos últimos três anos. De abril para maio, houve redução de 0,8%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Banco Central divulgou que o índice de atividade econômica mensal, o IBC-Br, caiu 0,02% na comparação com abril. A expansão real foi revisada e passou para 0,10%, contra 0,22% apurado anteriormente. O IBC-Br é considerado pelo mercado como uma prévia do PIB. As boas notícias vêm apenas do setor automotivo brasileiro, onde os incentivos fiscais fizeram a venda de carros subir 40% entre abril e maio. O Ministério da Fazenda prevê crescimento de 4% do PIB neste ano.