Os Recursos Humanos como factor de competitividade da empresa
Durante grande parte do tempo, a gestão de recursos humanos tem-se focado praticamente em exclusividade nos aspetos administrativos da gestão dos trabalhadores, no entanto recentemente, tem sido reconhecido que a gestão de recursos humanos é uma fonte importante de vantagem competitiva sustentada e por esse facto, tem sido “chamada” a tornar-se um parceiro de negócios (Ulrich, 1997; Lawler III e Boudreau, 2009).
Esta mudança de paradigma, permitiu que a partir dos anos 90, a gestão de recursos humanos entrasse numa nova fase, passando a ser designada por muitos como gestão estratégica de recursos humanos. Esta nova designação representou o reconhecimento do valor acrescentado que a função de recursos humanos desempenhava nas organizações e a sua importância estratégica, capaz de alcançar a vantagem competitiva necessária.
Wright e McMahan (1992), Pfeffer (1994), Snell et al (1996), fazem referência à facilidade de imitação dos recursos que historicamente forneciam às organizações vantagens competitivas e por esse facto, os recursos humanos das organizações podem tornar-se numa importante fonte de vantagem competitiva sustentada.
Para Ulrich (1997), Becker e Gerhart (1996), um sistema de gestão de recursos humanos desenvolvido apropriadamente representa um ativo intangível que cria valor quando inserido no sistema operacional da organização, tornando-se difícil de imitar pelos concorrentes.
Segundo Becker & Gerhart (1996), a teoria baseada nos recursos da empresa aponta dois fatores chave que explicam a dificuldade de imitar as estratégias de recursos humanos profundamente enraizados na organização.
O primeiro fator é apontado como a dificuldade de compreender os exatos mecanismos de interação entre as práticas e as políticas de recursos humanos que geram valor. Para imitarem um sistema complexo é necessário compreender a forma como todos os elementos interagem. As empresas concorrentes até podem contratar os gestores de topo das empresas cujos