Os ratos
Enquanto espera, fica desanimado. Claro que o diretor não vai emprestar-lhe o dinheiro. Que história vai-lhe contar? A verdadeira, a do leiteiro? Ou outra vez a história da doença do filho?
Capítulo 4 - Naziazeno cria coragem e expõe o problema ao diretor. Ele lhe empresta o dinheiro: sessenta mil réis (deve apenas cinqüenta e três ao leiteiro). Volta para casa e entrega o dinheiro à mulher, ocultando-lhe o modo como o conseguiu.
Tudo imaginação. O diretor sequer chegou à repartição. Naziazeno não consegue trabalhar. Finalmente chegou o diretor. É o momento de pedir-lhe o empréstimo.
Capítulo 27 - "Outra vez um silêncio súbito". Naziazeno fica em dúvida: teria dormido? Passou toda a noite acordado? O ar tem um chiado... Fica muito tempo a ouvir esse chiado sonoro, metálico, fininho.
Agora, distingue nitidamente dois barulhos: o da respiração do filho e aquele chiado lá fora.
De repente, um barulho no forro... Ratos... São ratos. Fica esperando o barulho dos ratos na cozinha. O barulho aumentou: em vários pontos, no forro, o rufar... A casa está cheia de ratos!
"O chiado desapareceu. Agora, é um silêncio e os ratos..."
Há um roer ali perto. O que estarão comendo? É isto! "Os ratos vão roer - já roeram! - todo o dinheiro!..."
Tem um grande desespero. É preciso levantar-se. Mas o barulho cessou. Há só o silêncio. Será que ratos roem dinheiro? É melhor perguntar à mulher. Absurdo. Claro que ratos não roem dinheiro! "Vê os ninhos, os papéis picados, miudinhos, picadinhos...