Os professores na virada do milênio: do excesso dos discursos à pobreza da prática
No texto “Os Professores na Virada do Milênio: do excesso dos discursos à pobreza da prática”, o Prof. Doutor, em Educação, António Nóvoa, discute a importância da implantação de políticas públicas, que visam contribuir com o desenvolvimento da profissão docente, melhorando, assim, as condições de trabalho do professor em sala de aula.
Dessa forma, o mesmo nos revela a importância do professor como agente de mudança na sociedade, onde o programa responsável por sua formação torna-se essencial, a fim de que possamos viabilizar tal processo. Neste sentido, ao analisar a função da profissão docente, compreendemos que a mesma ainda encontra-se no centro das exigências da sociedade, como uma possível panacéia para os problemas de injustiça social.
Nóvoa nos mostra, ainda, o excesso de discursos que são veiculados por meio das mídias de comunicação de massa, com a finalidade de mascarar a falta de investimentos em infra-estrutura, adequada ao aprendizado escolar, e condições básicas de salário e formação profissional para professores.
Nesse contexto, ele faz apontamentos sobre a desconfiança da população em relação ao professor, que o tem como profissional medíocre e destituído de condições básicas para ensinar. Mesmo assim, podemos ver que, apesar das críticas, os professores também são a garantia de votos para políticos inescrupulosos que se utilizam da bandeira social da educação, para auferir ganhos eleitoreiros, principalmente, quando os seus objetivos de campanha visam tratar-se de problemas referentes aos de âmbito pedagógico, cujo cerne da questão versa sobre os salários e as condições indignas de trabalho do professor.
Portanto, a situação atual do magistério, em tempos de distorções capitalistas, acerca do processo de ensino-aprendizagem, estatui sobre a profissão docente de maneira equivocada e perversa, uma vez que a mesma não possui uma identidade coletiva e