Os problemas da estética
A definição da arte está dividida em três definições tradicionais: a arte como fazer, como conhecer ou como exprimir. As definições mais conhecidas da arte, recorrentes na história do pensamento, podem ser reduzidas a três: ora a arte é concebida como um fazer, ora como um conhecer, ora como exprimir.
Na Antiguidade prevaleceu a primeira: a arte foi entendida como TECKNE, como um fazer em que era, explícita ou implicitamente, acentuado o aspecto executivo, fabril, manual.
Com o romantismo, prevaleceu a terceira, que fez com que a beleza da arte consistisse não na adequação a um modelo ou a um cânone externo de beleza, mas na beleza da expressão, isto é, na intima coerência das figuras artísticas com o sentimento que as anima e suscita.
Em todo o decurso do pensamento ocidental, é também recorrente a segunda concepção, que interpreta a arte como conhecimento, visão, contemplação, em que o aspecto executivo e exteriorizador são secundários, senão supérfluo, entendendo-a ora como a forma suprema ora como a forma íntima do conhecimento, mas, em todo caso, como visão da realidade: ou da realidade sensível na sua plena evidência, ou de uma realidade metafísica superior e mais verdadeira, ou de uma realidade espiritual mais intima, profunda e emblemática.
Toda obra humana é como o retrato da pessoa que realizou, neste sentido, também a arte tem um caráter expressivo, mas certamente, não é o que caracteriza na sua essência, de modo que se poderia, antes, dizer que a arte tem também, entre outros, um caráter expressivo.
Para certos artistas, a sua arte é o seu modo de conhecer, de interpretar o mundo e até de fazer ciência, como em Leonardo, mas isto se inclui no caso geral da arte que, na concreta e indivisível personalidade do artista, ocupa o lugar ou assume as funções de outras atividades do espirito humano, isto é, de ciência, ou de filosofia, ou de religião,