Os planos da consciencia antropologica
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Os Planos da Consciência Antropológica Segue que temos em Antropologia pelo menos três planos de consciência. Incluiríamos com satisfação um quarto plano, o mais fundamental de todos. Quero me referir ao plano da lingüística, do estudo da língua, esfera de consciência absolutamente básica na transmissão, invenção e produção de todo conhecimento e cultura. Elemento ou meio sem o qual todos os outros não poderiam existir. O estudo da Antropologia Biológica situa a questão de uma consciência física no estudo do homem. Ela remete aos parâmetros biológicos de nossa existência, revelando como estamos ligados ao mundo animal e aos mecanismos básicos da vida no planeta. No plano da consciência que faz parte da Antropologia Biológica, especulamos sobre mudanças intrínsecas do corpo e cérebro humanos, apreciando por comparação com os animais as conquistas realizadas por esse primata superior que acabou tão diferenciado. O fato de o homem ter descido de uma árvore, de ter desenvolvido o bipedalismo pode ser o ponto de partida para uma serie de transformações correlatas. Assim, o bipedalismo está associado a uma diferenciação entre os pés e as mãos, especialização verdadeiramente única, já que os primatas superiores não deram um passo tão decisivo nesta direção, sendo suas mãos e pés órgãos com uma mesma estrutura anatômica. Tal diferenciação entre a parte de cima do corpo e sua parte de baixo (uma oposição clara no homem entre alto e baixo) levou a mudança na estrutura do rosto (com os olhos vindos um pouco mais a frente e o crânio tomando uma parte bem maior na cabeça). Tais transformações na estrutura anatômica são acompanhadas de mudanças na estrutura do cérebro, visão, olfato e audição mudanças que, sabemos hoje, estão intimamente ligadas ao uso de instrumentos e de fogo. Mas é importante notar que aqui estamos observando e conhecendo resíduos de homens ancestrais. A Antropologia Biológica, assim,