Os Partidos Políticos No Brasil
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Os Partidos Políticos no Brasil No Brasil, os partidos políticos já existiam desde a primeira metade do século XIX. Mais de duzentos partidos surgiram durante esse período, mas, nenhum deles durou muito. No país não existem partidos centenários, como é comum nos Estados Unidos, onde os republicanos (1837) e democratas (1790) se alternam no poder. A inconstância da história política brasileira é o que causa essa falta de enraizamento dos programas para a população e a precariedade partidária. É somente após a queda do Imperador Dom Pedro I, através do Golpe de 7 de Abril de 1831, que os partidos políticos passam a assumir uma função institucional. Caracterizando o Segundo Reinado, formaram-se então duas agremiações; a dos Conservadores (saquaremas) e a dos Liberais (luzias). A discussão entre elas devia-se a visão que cada qual tinha sobre o poder monárquico. Os conservadores tinham como proposta um regime forte, pouca liberdade para as províncias e uma autoridade concentrada no trono, enquanto que o liberais queriam o fortalecimento do parlamento e maior autonomia para as províncias. O voto nesse período era censitário (Lei Saraiva, 1881), raro e hierárquico. As eleições eram realizadas em dois turnos, onde as assembleias paroquiais escolhiam os eleitores da províncias e estes escolhiam os representantes da nação e das províncias. O novo regime implantado a partir da proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, contou com poucos republicanos autênticos, devido sua imposição militar. A Republica foi implantada por generais, não políticos civis, mesmo assim seguindo o espírito federativo, surgiram partidos regionais (PRP, PRM, etc.) que aos poucos desativaram as tentativas de formação das agremiações nacionais. Nesse período houve a ascensão do coronelismo e suas práticas, as eleições em sua maioria eram manipuladas ou resultado de arranjos feitos entre os chefes políticos de cada estado. Os funcionários do governo controlavam os procedimentos