Os Níveis de Personalidade
Freud sugeria em seus primeiros trabalhos uma divisão da vida mental em duas partes: consciente e inconsciente. A porção consciente, como a parte visível do iceberg, uma visão superficial da personalidade. A porção inconsciente, como a parte submersa do iceberg, enorme, onde conteria os instintos, as forças propulsoras de todo comportamento humano. Nos próximos trabalhos, Freud reavaliou essa distinção simples entre o consciente e o inconsciente e criou os conceitos de ID, EGO e SUPEREGO. O id é a sua noção inicial de inconsciente, seria a parte mais primitiva e menos acessível da personalidade. Freud afirmou: "Nós chamamos de um caldeirão cheio de excitações fervescentes. O id não julga valores, nem o bem e o mal, a moralidade. As forças do id buscam a satisfação imediata sem tomar conhecimento da situação e da realidade. Funcionam de acordo com prazer, preocupadas em reduzir a tensão entre a busca do prazer e evitando a dor. O id contém a libido, e se expressa por meio da redução de tensão. Para satisfazer às necessidades e manter um nível confortável de tensão, é preciso interagir com o mundo real. Por exemplo: as pessoas famintas devem ir em busca de comida, caso queiram descarregar a tensão induzida pela fome. O ego funciona como mediador da interação entre o id e os acontecimentos do mundo externo. O ego representa a razão, ao contrário da paixão insistente e irracional do id. O id anseia cegamente e ignora a realidade, o ego tem consciência da realidade, manipula-a e, dessa forma, regula o id. O ego obedece ao princípio da realidade, refreando as demandas em busca do prazer até encontrar o objeto apropriado para satisfazer a necessidade e reduzir a tensão. O ego não existe sem o id, ao contrário, o ego extrai sua força do id. O ego existe para ajudar o id e está constantemente lutando para satisfazer os instintos do id. Freud comparava a interação entre o ego e o id como cavaleiro montando um cavalo