Os novos princípios do Urbanismo
“Não é a linha reta, dura e inflexível, feita pelo homem, que me atrai. O que me chama a atenção é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país, nas margens dos seus rios, nas nuvens do céu e nas ondas do mar. O universo está cheio de curvas, um universo de Einstein.”
- Oscar Niemeyer
A arquitetura na concepção de Oscar Niemeyer era rígida como se fosse feita de estrutura metálica, mal compreendida e não representava bem o concreto armado. Para ele o concreto sujeria um novo campo de experiências e invenções. Sua intenção sempre foi mostrar algo diferente e com beleza, que pode ser admirado, como um monumento ou uma paisagem, dando ao observador um momento de prazer. Oscar nunca negou nem escondeu a vida boêmia, a paixão pelo Rio de Janeiro, pelas mulheres e pela a natureza. Isso inspirou e influenciou muitas das suas obras, que se tornaram a identidade da arquitetura moderna brasileira. Edificações leves, vazadas e mais ligadas ao nosso país, representando a sinuosidade dos corpos das mulheres de Copacabana, o desenho dos morros e do mar ao chegar na areia e surpresa que Cabral sentiu ao ver pela primeira vez a paisagem do Brasil. Rompendo com questões do passado e tratando a arquitetura de forma simples, onde a estrutura e arquitetura crescem juntas.
Em depoimento, o escritor Eduardo Galeano esclarece a relação das obras do arquiteto com a natureza: “(...) ele tem feito uma arquitetura leve como as nuvens, livre, sensual, que é muito parecida com a paisagem das montanhas do Rio de Janeiro. São montanhas que parecem corpos de mulheres deitadas, desenhadas por Deus, no dia em que Deus achou que era Niemeyer.”.
Quando lemos “(...) O universo está cheio de curvas,