Os Mortos em Desassossego
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
HISTÓRIA DA AMÉRICA
ARAME-MA
2013-10-01
CLAUDIO DOS SANTOS CASSIMIRO
HISTÓRIA “C”
OS VIVOS E OS MORTOS NA AMÉRICA PORTUGUESA – DA ANTROPOFAGIA À ÁGUA DO BATISMO
Trabalho apresentado ao Instituto Ápice para obtenção da 3ª nota na Disciplina: História da América do Curso: Licenciatura em História, ministrada pela professora: Silvana de Jesus.
ARAME-MA
2013-10-01
INTRODUÇÃO
Quando os europeus chegaram à América portuguesa encontram uma vasta extensão de terras que iam da costa amazônica passando por Cananéia até o litoral do Rio Grande do Sul ocupada pelos índios tupis-guaranis que falavam a mesma língua – do tronco Tupi apresentando notável homogeneidade cultural. As guerras pertencentes, ou não, ao mesmo grupo linguístico, fervilhavam contínuas por todo o território entre as tribos indígenas.
Tais guerras aconteciam porque os nativos da terra queriam vingar a morte dos seus pais antepassados. As guerras indígenas não visavam nem a dominação nem a exploração, e, por fim, nem a aniquilação do inimigo. Elas se faziam simplesmente para efetivar a vingança dos antepassados mortos pelos inimigos. Fato é que boa parte da vida indígena girava em torno da vingança.
Os índios comiam diversos animais, como pulga e outros como este, tudo para vingarem-se do mal que lhes causavam. Com relação aos antepassados mortos pelos inimigos, móvel maior da vingança, organizavam-se incursões guerreiras em que se mobilizavam grandes contingentes de homens, cujo resultado, muitas das vezes, era apenas a captura de um prisioneiro a ser comido ritualmente pela tribo.
DESENVOLVIMENTO
Aos pajés da aldeia ficava o cargo exclusivo a comunicação com o sobrenatural, ou seja, com os mortos. Estes realizavam uma cerimônia, na qual invocavam, em uma choça bem preparada para este objetivo, o “espírito maligno”, denominado uiucirá, o qual marcava a sua