OS MITOS DE PROMETEU E PANDORA
Estes homens e mulheres eram ainda seres primitivos, vivendo dos animais que conseguiam matar com flechas de madeira, machados e facas feitas de chifre, e dos poucos cereais que sabiam semear. Desconheciam o fogo, por isso comiam a comida crua, e embrulhavam-se em peles espessas para se defenderem do frio do Inverno. Não sabiam fazer recipientes onde guardar as coisas, porque sem fornos não podiam endurecer o barro. Nem sabiam trabalhar os metais para fazerem ferramentas ou armas duradoiras.
Zeus preferia que eles continuassem assim, porque de outra forma receava que alguns viessem um dia a querer roubar-lhe o poder. Mas o sábio Prometeu amava a Humanidade e sabia que com a sua ajuda os homens podiam progredir, saindo do seu estado primitivo. Porque se tratava da espécie humana que ele e Zeus tinham criado, e não de outro animal qualquer.
- É preciso ensinar-lhes o segredo de fazer fogo - disse ele a Zeus de outra forma ficam indefesos como crianças. Devemos acabar o que começamos. Mas Zeus mantinha-se firme.
- Eles estão contentes com o que têm - respondeu. - Não conhecem nada melhor, por isso, que nos interessa?
Prometeu viu que não conseguiria nunca fazer com que Zeus concordasse com ele, por isso, foi em segredo ao Olimpo, onde o fogo ardia durante todo o dia e toda a noite, e acendeu um archote. Depois aqueceu com ele um pedaço de carvão até ficar ao rubro, e meteu-o no talo côncavo de uma planta chamada funcho, que crescia pela encosta, e, apagando o archote, fugiu sem ser visto, levando o talo de funcho escondido debaixo do manto.
Com o primeiro fogo terrestre pegado neste carvão, os homens fizeram muitos mais, e Prometeu ensinou-lhes a tirar daí