Os misterios da arte real
Wirth ensina-nos a fazê-lo, usando, para isso, do simbolismo maçônico que, nesta obra,assume proporções inesperadas. Através de metáforas simples, este Verdadeiro Mestre nosreapresenta cada uma das ferramentas maçônicas de trabalho, incitando-nos a tirar delas o melhorproveito.Se alguns de seus ensinamentos não coincidem com certos usos e costumes adotados atualmentepor algumas Potências, tal detalhe não se constitui em óbice à leitura e ao aprendizado proposto. Opróprio Wirth nos fala a respeito da obediência que o Maçom deve às Leis, ainda que seus defeitosnão lhe escapem. Assim, cumprirá fielmente o que lhe for determinado, permanecendo livre, noentanto, para julgar por si mesmo o valor daquilo que realiza: As leis arbitrárias que os homens formulam, as regras que se impõem à vista de coordenar suaatividade não serão jamais, da parte do Iniciado, objeto de desdém, ainda que só a lei da vida tome aseus olhos um caráter plenamente sagrado. Ele dará sempre exemplo de disciplina, mesmo quandoa imperfeição das regras impostas não lhe escapar. Sem acordo, nenhuma vida é possível; o estadode perturbação marca a passagem de uma ordem defeituosa para uma melhor coordenação. Por suainfluência, os Iniciados aceleram a reconstituição da ordem perturbada, porque eles têm horror àdoença à qual corresponde toda desordem.
Não me relaciono à Maçonaria a não ser, unicamente, pelo fato de haver recebido as sagradas luvasbrancas, através das quais me foi confiada a honra de um obreiro. Procuro sempre fazer jus a essa homenagem, aprendendo um pouco mais sobre a Arte, cuja prática está reservada ao lado de dentroda Oficina na qual jamais pretendi adentrar. Empreender simplesmente à tradução desta obra nãosignifica profanar nenhum dos mistérios reservados apenas