Os Miseráveis: Da Literatura e do Cinema à Realidade Social da Era Pós-Revolução Francesa
Introdução
Em fevereiro de 2013 estreava no Brasil um novo musical, baseado na literatura, em antigos filmes, e na história. Este novo musical, produzido no cinema e que demorara meses para se tornar um filme, entre filmagens, edições e pesquisa, ele se tornou o um espetáculo cinematográfico digno de toda a especulação da mídia e dos fãs de um bom filme. Porém, o musical que estreava com o nome de “Os Miseráveis”, dirigido por Tom Hopper e com um belíssimo elenco, não era apenas um simples filme cantado, era uma parte da história baseada na obra de um dos maiores gênios da literatura francesa, Victor Hugo. Bem recebido pelos críticos de cinema, “Os Miseráveis” trouxe muito mais do que uma obra adaptada da literatura, trouxe um espetáculo de sons e cores, trouxe para a atualidade a paixão da Revolução que tanto contagiou leitores nas páginas de Hugo. “Os Miseráveis” representa muito além de um simples romance antigo, ele representa toda uma história de um povo, o povo francês, miserável, doído, que vivia a margem de uma sociedade que tentava se transformar em um Estado justo e liberal em uma época tão tumultuada, “Os Miseráveis” é um pedaço da história da França, e um pedaço da história de todos aqueles que lutam pela liberdade... Sendo ricos ou pobres, nobres, plebeus ou burgueses, intelectuais ou analfabetos, não importava, todos lutavam por algo que ansiavam, a liberdade, o bem supremo do ser humano. Este artigo temático tem como o objetivo principal destacar a sociedade da época dos conflitos retratados tanto no texto de Victor Hugo quanto na produção cinematográfica de Tom Hooper. Aqui, os personagens queridos como Cosette, Marius, Gavroche e Valjean, serão representados de uma maneira quase real. Eles serão comparados com a sociedade da época, será um meio de demonstração para o que seria a vida de pessoas reais que possuíam o mesmo nível social de