Os mercadores e o Estado
O texto aborda o período histórico chamado mercantilismo e ressalta seus aspectos econômicos. A era do mercantilismo é marcada pela grande expansão comercial e territorial. No campo econômico, a partir do desenvolvimento do comércio surgiram os bancos e casas de câmbio que pesavam diferentes moedas de vários países, fazendo com que senhores feudais vissem no comércio uma oportunidade de crescimento e migrassem de seus feudos para os centros comerciais. Destaca-se como característica dos mercadores, além do fato de serem comerciantes, serem também participantes do governo, ou até mesmo serem o próprio governo, uma vez que estes eram influentes. No campo de expansão territorial, a descoberta da América e do Extremo Oriente resultaram num aumento no fluxo de produtos vindos do Oriente e da prata e do ouro vindos da América. Nesse período houve uma grande ascensão dos preços, tendo em vista que, durante o transporte destes metais os mesmo estavam sujeitos a todos os tipos de riscos, fazendo com que a moeda fosse altamente valorizada. Nesse período um dos acontecimentos mais importantes talvez tenha sido a consolidação do Estado Moderno, gerando uma aproximação entre a autoridade do Estado e os interesses mercantis. Historiadores defendiam que os interesses mercantis eram naturais de um Estado nacional, uma vez que os mercadores proporcionavam ao Estado recursos que possibilitassem o poder interno e externo do país. Entretanto, com o advento do mercantilismo houve também uma quebra nos costumes éticos da sociedade e o acúmulo de riqueza passou a não mais ser visto como algo ruim, bem como a cobrança de juros em empréstimos e a concorrência entre os preços dos produtos. Não havia salários na prática mercantilista e os produtos eram frutos de atividades domésticas que envolviam toda a família. Os estoques de metais que um mercador possuísse, naquela época, eram reflexos de sua riqueza pessoal. Haviam medidas protecionistas com