Os males do Determinismo
Resumo sobre “Determinismos”
O determinismo produziu (e ainda produz) efeitos extremamente maléficos em nossa sociedade. A ideia de que algumas “raças” são superiores a outras levou a todo tipo de preconceito, tendo como ápice fenômenos como a escravidão e o holocausto.
Em 2007, o analista do comportamento Richard W. Mallot escreveu um artigo intitulado “São as mulheres, negros, asiáticos e europeus do sul inerentemente inferiores aos homens europeus do norte? Uma história do Determinismo Biológico – Uma desgraça cultural, espiritual e intelectual e as implicações para a compreensão da ‘doença mental’”.
Nesse artigo, ele cita alguns exemplos de determinismos biológico e geográfico. Por exemplo, cita que em 1906, o cientista Robert Bean descobriu que não havia diferenças entre o tamanho dos cérebros de negros e brancos. Entretanto, ele afirmou que os negros eram inerentemente inferiores do que os brancos porque a parte frontal do cérebro (“aquela responsável pela inteligência”) dos brancos era maior do que a dos negros.
Acreditava-se que as pessoas eram ricas ou pobres porque isso era determinado por seu sangue. O mesmo ocorria para a criminalidade. A doutora em Ciências Sociais Maria Lucia Rodrigues Muller mostra que Cesare Lombroso, em estudos feitos principalmente com crânios de assassinos, “identificou” que algumas características físicas de um homem indicavam uma propensão do indivíduo ao crime. O criminoso teria, então, uma tendência hereditária para o cometimento de crimes, pouco importando o ambiente onde ele está inserido. Por sorte, a ciência tratou de derrubar esse pensamento.
Mas o Brasil atual não se livrou desses sentimentos abomináveis. A xenofobia e a homofobia são substratos dos determinismos biológico e geográfico. Como exemplo, há o ódio que alguns grupos nutrem por negros e nordestinos, por considerarem que estes são seres inferiores. O mesmo ocorre com homofóbicos. O mais grave de tudo isso é que esse ódio sem