oS MAISA TEMPO
Tempo da obra
Trabalho realizado por: Diogo Bravo 11ºF nº3 João Tomé 11ºG nº6
Introdução
Na obra “Os Maias”, o tempo não toma um seguimento temporal linear mas, pelo contrário, uma estrutura complexa na qual se integram vários "tipos" de tempos: tempo histórico, tempo do discurso e tempo psicológico.
Tempo Histórico
Entende-se por tempo histórico, aquele que se desdobra em dias, meses e anos vividos pelas personagens, refletindo até acontecimentos cronológicos históricos do país.
Nesta obra, o tempo histórico é dominado pelo encadeamento de três gerações de uma família, cujo último membro - Carlos, se destaca relativamente aos outros. A fronteira cronológica situa-se entre 1820 e 1887, aproximadamente. Assim, o tempo concreto da intriga compreende cerca de 70 anos.
Tempo do Discurso
Por tempo do discurso entende-se aquele que se deteta no próprio texto organizado pelo narrador, ordenado ou alterado logicamente, alargado ou resumido.
Na obra, o discurso inicia-se no Outono de 1875, data em que Carlos, concluída a sua viagem de um ano pela Europa, após a formatura, veio com o avô instalar-se definitivamente em Lisboa. Pelo processo de analepse, o narrador vai, até parte do capítulo IV, referir-se aos antepassados do protagonista (juventude e exílio de Afonso da Maia, educação, casamento e suicídio de Pedro da Maia, e à educação de Carlos da Maia e sua formatura em Coimbra) para recuperar o presente da história que havia referido nas primeiras linhas do livro. Esta primeira parte pode considerar-se uma novela introdutória que dura quase 60 anos. Esta analepse ocupa apenas 90 páginas, apresentadas por meio de resumos e elipses. Assim, como vemos, o tempo