Os maias viii
Caracterização Física: Carlos era um bonito e magnífico rapaz. Era alto, bem constituído, de ombros largos, olhos negros, pele branca, cabelos negros e ondulados. Tinha barba fina, castanha escura, pequena e aguçada no queixo. O bigode era arqueado aos cantos da boca.
Caracterização Psicológica: Carlos era culto, bem-educado, de gostos requintados. Ao contrário do seu pai, é fruto de uma educação à Inglesa. É corajoso e frontal. Amigo do seu amigo e generoso. Destaca-se na sua personalidade o cosmopolitismo, a sensualidade, o gosto pelo luxo, e diletantismo. Todavia, apesar da educação, Carlos fracassou. Não foi devido a esta mas falhou, em parte, por causa do meio onde se instalou – uma sociedade parasita, ociosa, fútil e sem estímulos. Mas também devido a aspetos hereditários – a fraqueza e a cobardia do pai, o egoísmo, a futilidade.
Ega
Caracterização Física: Ao nível físico, brinca com a sua magreza, com o seu monóculo e com o bigode arrebitado. Usava "um vidro entalado no olho", tinha "nariz adunco, pescoço esganiçado, punhos tísicos, pernas de cegonha". Era o autêntico retrato de Eça.
Caracterização Psicológica: Ao nível intelectual, revela a sua dualidade romântica e regeneradora. Ega, amigo inseparável de Carlos da Maia, caracteriza-se por ser um irreverente, excêntrico, revolucionário, boémio, exagerado, provocador, sarcástico, crítico, anarquista e satânico.
Dâmaso
Caracterização Física: Era baixo, gordo, "frisado como um noivo de província". Era sobrinho de Guimarães. A ele e ao tio se devem, respetivamente, o início e o fim dos amores de Carlos com Maria Eduarda.
Caracterização Psicológica: Dâmaso é uma suma de defeitos. Filho de um agiota, é presumido, cobarde e sem dignidade. Obcecado pelo “chique a valer”, vive dividido entre a admiração apatetada por Carlos, que considera "um tipo supremo de chique", e os ciúmes e a inveja que a superioridade do amigo e a sua relação