Os maias, senhores do tempo
A Civilização maia formou-se por volta do século IV, Numa região próxima ao oceano Pacífico, na atual fronteira entre o México e a Guatemala. Era constituída por centenas de centros cerimoniais autônomos, que se ligavam por rotas terrestres e fluviais, permitindo uma intensa troca de produtos: obsidiana, jade, plumas de Quetzal, cacau, tecidos de algodão, punhais, peles de jaguar, cerâmica, entre outros.
Os centros cerimoniais maias não eram exatamente cidades. Eles reuniam os templos, as residências dos governantes, os monumentos políticos e as praças destinadas às celebrações. Neles moravam somente os sacerdotes, os governantes e os servidores dos templos. Não tinham muralhas nem fortificações. A população vivia em pequenos casebres dispersos pelos arredores e ia ao centro somente para as cerimônias religiosas e para o mercado.
As construções maias traziam numerosas inscrições com nomes de governantes e datas. Marcar o tempo era uma grande preocupação dos sacerdotes que usavam dois calendários: um religioso com 260 dias, e um de uso civil, com 360 dias mais 5 dias considerados Nefastos. A cada 52 anos, quando os dois calendários coincidiam, começava uma nova era, comemorada co a construção de novos templos sobre os antigos.
Cada dia e cada mês eram regidos por uma divindade, cujo governo, segundo crenças maias, afetava a humanidade inteira. Para pacificar os deuses, erguiam pirâmides e realizaram sacrifícios humanos. Cabia aos sacerdotes calcular as combinações de deuses e datas mais favoráveis tanto para iniciar a semeadura como para declarar guerra.
A obsessão dos maias em marcar o tempo explica-se pelo temor constante de que o mundo fosse acabar. Seus sacerdotes afirmavam que os deuses já haviam destruído o mundo quatro vezes e que estavam na quinta criação. Os eclipses solares apavoravam os maias, pois para eles anunciavam o fim do mundo. Em seus complicados cálculos matemáticos, os maias chegaram a fazer previsões para