OS MAIAS Resumo e análise
Os Maias – Episódios da Vida Romântica - Eça de Queirós
1. Enredo
Capítulo I:
2
A história de “Os Maias” se inicia no outono de 1875 quando o patriarca da família, Afonso da Maia, se instala em uma das casas da família, conhecida pelo nome de
“Ramalhete”. Esta casa esteve desabitada durante vários anos e servia apenas para guardar as mobílias do palacete de Benfica, que havia sido vendido.
Carlos Eduardo, neto de Afonso, era a única família que lhe restava, e ele havia acabado de se formar em Medicina, em Coimbra, e almejava abrir um consultório em
Lisboa, motivo pelo qual Afonso decidiu deixar Santa Olávia, a sua quinta no norte do país, e acompanhar o neto à Lisboa.
Afonso da Maia, agora velho e sereno, foi um jovem adepto e apoiante do
Liberalismo, ao contrário de seu pai, Caetano da Maia, que era um absolutista. Por este motivo, Afonso foi expulso de casa, mas por influência de sua mãe foi-lhe oferecida a
Quinta de Santa Olávia.
Passados alguns anos, Afonso decidiu ir à Inglaterra, onde passou algum tempo, voltando apenas devido a morte de seu pai. Foi então que conheceu D. Maria Eduarda
Runa, mulher com quem viria a se casar, com quem teve um filho e com quem partiria para o exílio, de volta à Inglaterra.
D. Maria Eduarda era uma mulher com uma saúde bastante frágil, católica devota, não se acostumou a falta de sol quente que havia em Lisboa e muito menos conseguiu aderir ao Protestantismo. Desta forma, requisitou a um bispo português que viesse a educar o seu filho – Pedro da Maia – pois não queria que ele fosse instruído por um inglês, tampouco em um colégio protestante. Devido a isso, apesar da resistência de Afonso,
Pedro cresceu fraco, medroso e exacerbadamente mimado pela mãe.
Depois de algum tempo, a doença de D. Maria Eduarda se agravou e a família retornou à Lisboa, onde ela veio a falecer, causando incontrolável desgosto a seu filho que passou a viver como se nada mais tivesse sentido. Todavia, certo dia Pedro, recuperado do luto,