Os Maias - Caraterização das personagens
Caracterização dos personagens
N’”Os Maias” temos dois tipos de caracterização:
Direta:
Feita pelo narrador
Autocaracterizarão: feita pela própria personagem
Heterocaracterização: feitas por outras personagens
Indireta:
Feita pelo leitor, através das ações das personagens
Personagens principais
Carlos da Maia
Identifica se com o Portugal da regeneração. O seu papel de relevo começa a definir-se desde o início da obra, e de facto tanto a cronica de costumes como a intriga se desenrolaram à sua volta.
Caracterização física
É feita de forma direta:
“Era decerto um formoso e magnífico moço, alto, bem feito, de ombros largos, com uma testa de mármore sobre os anéis dos cabelos pretos e os olhos dos maias, aqueles irresistíveis olhos do pai, de um negro liquido, ternos como os dele e mais graves. Trazia a barba toda, muito fina, castanho escura, rente na face, aguçada no queixo, o que lhe dava com o bonito bigode arqueado aos cantos da boca, uma fisionomia de belo cavaleiro da renascença”.
Formoso e magnífico rapaz
Alto, bem constituído, de ombros largos, olhos negros, pele branca, cabelos negros e ondulados
Tinha barba fina, castanha escura, pequena e aguçada no queixo
Caracterização psicológica
Carlos Eduardo é culto, bem educado, de gostos requintados, corajoso, frontal e de personalidade cosmopolita. Eça quis personificar nele a idade da sua juventude.
Carlos, ao contrário do seu pai, é fruto de uma educação inovadora, tipicamente inglesa, impulsionada pelo seu avô.
Todavia, apesar da sua educação, Carlos fracassou. Não foi devido a esta mas falhou, em parte, por causa do meio onde se instalou – uma sociedade parasita, ociosa e fútil também devido a aspetos hereditários – a fraqueza e a cobardia do pai, Pedro da Maia; o egoísmo, a futilidade e o espírito boémio da mãe, Maria Monforte.
Maria Eduarda
A caracterização de Maria Eduarda é feita por Carlos da Maia e por ela própria quando conta o seu passado.
Caracterização