“Os loucos” no direito criminal
Dois grandes professores da Escola do Recife são as referências quanto à recepção da criminologia no país. João Vieira de Araújo e Tobias Barreto. Aquele publicou seus trabalhos acerca da legislação criminal do Império, enquanto este, em seu livro “Menores e Loucos”, faz referências ao “L’Uomo Delinquente” de Lombroso, ao discutir a necessidade de diferenciação das diversas categorias de irresponsáveis no campo penal. Os juristas adeptos da Escola Positiva, ao longo de toda a Primeira República, propuseram, e por vezes realizar, reformas legais e institucionais que buscariam ampliar o papel da intervenção estatal. Mulheres, menores e loucos, ou seja, aqueles que não se enquadravam plenamente na nova ordem contratual e que necessitariam de um tratamento jurídico diferenciado, eram alvos constantes das preocupações dos criminologistas. A introdução da criminologia no país representava a possibilidade simultânea de compreender as