Os leitores da Empiricus e o WBC Brasil

Os leitores da Empiricus e o WBC Brasil Eu fundei a Empiricus há 4,5 anos, junto com o Caio e o Rodolfo. Agradeço a Deus por ter esses dois homens como sócios. Eu não tenho a mínima competência para administrar uma empresa. Jamais teria. Desrespeito os processos, não domino uma linha de tecnologia e sou excessivamente ansioso. Eu dou as ideias e sou incapaz de levá-las até o final, pois a impaciência impede minha terminativa.
Ademais, tenho uma paixão irritante pelo que faço, de modo que, por várias vezes, tomo decisões contrárias aos financials da Companhia, somente para levar à frente uma ideia que eu gosto. Eu gostaria de ter a serenidade dos meus sócios, mas, infelizmente, não consigo. E veja: esses são só alguns defeitos, aqueles que consigo narrar e a memória me permite recuperar.
Às vezes, na impossibilidade de formar meu desejo com as próprias palavras, recorro ao Oswaldo Montenegro para pedir que a tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada. Porque metade de mim é o que penso, e a outra metade é um vulcão. Falo de verdade mesmo.
Por essa minha loucura e intensidade fora de propósito, eu sempre perco as discussões internas. O respeito e a admiração que tenho pelos dois impedem que eu brigue, e eu suspiro lenta e profundamente para que alguma paciência chegue até mim. Ao final, a frieza dos números acaba provando que Caio e Rodolfo estavam certos. Paixão não paga conta de ninguém. Eu mesmo vivi na pele a experiência de que, quando o dinheiro não entra pela porta, o amor voa pela janela.
Então, em todas as discordâncias até agora, em 4,5 anos como sócios, eu estive errado. Sempre. Eu errei, e errei, e errei. Suspeito que assim será também à frente.
Mas vocação, bicho, é um negócio que não aquieta fácil, não. Ontem, tivemos a maior briga da nossa história. Sei que me exaltei além do possível. Não me perdoo por isso. Quando você fala coisas que não podia para alguém que você ama, aquilo cobra seu preço no travesseiro.
Ao final, acabei