Os instrangeiros
Os visitantes estavam constrangidos, em uma terra estranha, e sabiam que não eram bem vistos nem bem-vindos, como se fossem estrangeiros de uma terra hostil, invasores perigosos, assaltantes.
Uma globalização que aos poucos vai abolindo o conceito de estrangeiro e colocando no lugar o conceito de instrangeiro: estrangeiros dentro do próprio país, excluídos dos benefícios da modernização.
A diferença do desenvolvimento em separado de hoje para o desenvolvimento de década atrás é que, antes, os pobres eram necessários como trabalhadores e potenciais consumidores, com a expectativa de serem integrados socialmente no mundo dos ricos. Agora, com o desenvolvimento separado, eles são vistos como pessoas desnecessárias, descartáveis e indesejáveis.
A queima da Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Internacionalizemos as crianças, tratando todas elas, não importa o país onde nascem, como patrimônio da humanidade, merecendo os cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia.
Quando os dirigentes mundiais tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem no lugar de estudar, que morram no lugar de viver.
Os ricos brasileiros são pobres. São pobres porque compram sofisticados automóveis importados, com todos os exagerados equipamentos da modernidade, mas ficam