Os horizontes do pensamento
As ciências sociais estão sendo desafiadas a pensar na globalização do mundo. Nesta altura da história no declínio do século XX e limiar do século XXI, as mesmas se defrontam com o desafio epistemológico novo. Como se defrontam? Com os dilemas que se abre com a globalização das coisas, gentes e idéias. As estruturas sociais, econômicas, políticas, culturais e outros estão começando a ser estudados, as fronteiras geográficas, históricas, culturais e civilizatórias parecem modificar-se em direção a formas surpreendentes, o individuo, grupo, classe, o povo são colocados diante de outros horizontes. Como elaborar conceitos e interpretações pouco conhecidas? As teorias da globalização que começam a ser esboçadas revelam o empenho das ciências sociais em explicar o que há de novo pelo mundo, uma realidade que não está suficientemente reconhecida e codificada. Sempre houve um enorme debate sobre como a sociedade e o estado relaciona-se, qual deveria subordinar o outro e qual encarnar os valores mais elevados, assim ficamos acostumados a pensar que as fronteiras da sociedade e do estado são as mesmas ou se não poderiam ou deveriam ser, no entanto vivemos em estado é de fato há uma sociedade para cada um, os estados possuem histórias e, portanto tradições, quem as forma? O pensamento em geral é desafiado por novos problemas de todo tipo, as rupturas epistemológicas em curso abrem horizontes para a formação e o desenvolvimento das ciências sociais. A interpretação da sociedade global desenvolve-se na medida em que a sociedade global se forma e transforma, criando novas realidades abrem-se diferentes horizontes históricos. A sociedade global é o novo objeto das ciências sociais, ao lado da sociedade nacional vista como um todo e também em suas partes é possível perceber dois objetos presentes, um dos quais