Os Histéricos sofrem de Reminiscência
Aniele Benincá Pezzin
Pós-graduação em Teoria Psicanalítica.
Resumo: A concepção de que os histéricos sofrem de reminiscência teve inúmeras conceituações que iniciaram desde o século XVII quando a loucura emergiu partilhando a razão da desrazão... Freud, médico neurologista, observou que algumas pacientes que apresentavam algumas patologias, como as paralisias, não possuíam nenhum comprometimento anatômico. Portanto Freud,seguindo outros pensadores, começou a investigar a histeria e deu-lhe característica peculiares. Ele, portanto, observou que os sintomas apresentados pelos histéricos era uma conversão, para o corpo, de uma lembrança traumática que acontecera anterior à maturidade sexual e que se liga com outras representações encontrando uma saída através das manifestações motoras. Portanto, os histéricos sofrem de reminiscência, pois a lembrança da experiência traumática é reativada, retirando o afeto dessa representação que se ligou com o fato traumático e convergiu para o corpo do histérico. Por isso, Freud considera que os histéricos sofrem de reminiscência, ou seja, sofre com as lembranças que ficam na memória do sujeito, pois “não são as experiências em si que agem do modo traumático, mas a revivescência como lembrança depois que o sujeito ingressa na maturidade sexual”. (Freud, [1896], ESB, Vol. III p. 165).
Palavras-chave: Histeria, traços mnêmicos, Sintoma, Revivescência.
Conceito:
Numa visão cartesiana de mundo onde a racionalidade pairava sobre os pensamentos, surge a loucura colocando em oposição a razão e desrazão. Eram denominados loucos aqueles que os pensamentos não eram regulados pela razão. Portanto, os diagnósticos presididos na época era para confirmar ou não a loucura de uma pessoa, na maioria mulheres.
Sabemos que a repressão naquela época era grande, principalmente com relação às mulheres que não podiam manifestar seus desejos e fantasias