Os gêneros masculino e feminino no português: uma revisão bibliográfica crítica
INSTITUTO DE LETRAS – IL
LIP - DEPARTAMENTO DE LINGÜÍSTICA, PORTUGUÊS, LÍNG CLÁS
Morfologia Código: 147290 Sem.: 2/2012
Os gêneros masculino e feminino no português: uma revisão bibliográfica crítica
Considerações iniciais
Este trabalho tem como objetivo observar como os gêneros masculino e feminino se comportam na língua portuguesa e como são abordados na gramática normativa. Depois faremos um comparativo com a opinião de alguns linguistas.
Antes de entrarmos no tema principal, creio ser importante fazer uma pequena abordagem inicial. Começaremos com o conceito de morfologia. A morfologia é o campo de estudo da palavra e de sua estrutura formal e funcional interna, que é a base da nossa comunicação. Ela trata das palavras quanto a sua estrutura e formação, quanto a suas flexões e quanto a sua classificação.
Outro conceito importante é o de flexão. Flexão é a propriedade que têm certas classes de palavras de sofrer alteração na parte final. Quanto à flexão, as classes de palavras se dividem em dois grupos: variáveis (ou flexíveis) e invariáveis (ou inflexíveis). Por invariável entende-se que a palavra não se flexiona, isto é, não sofre nenhuma alteração na última sílaba.
Nas palavras variáveis dá-se o nome desinência à parte final flexível; à parte que resta da palavra, tirando-se a desinência, dá-se o nome de radical. Assim, na palavra estudioso a desinência é -o final, porque pode ser mudado para -a: estudios-a; o restante – estudios – vem a ser o radical.
Os substantivos são uma classe de palavras flexíveis. As palavras que pertencem a esta classe podem flexionar-se de três maneiras diferentes: quanto ao gênero, quanto ao número e quanto ao grau. Quanto ao gênero, um substantivo pode ser masculino, feminino, epiceno, comum de dois gêneros ou sobrecomum.
Entretanto, o uso das palavras masculino e feminino provoca confusão entre a categoria