Os fornos a indução
O desenvolvimento de fornos de aquecimento a indução começa em Michael Faraday, que enunciou o príncipio da indução eletromagnetica no inicio do século XIX. No entanto, somente no final de 1870 o engenheiro britânico Sebastian de Ferranti começou experimentos aplicando a teoria de Faraday para aquecimento de metais. Em 1890, Edward Allen Colby patenteou o primeiro forno de indução para derretemento de metais. . O primeiro uso prático foi em 1900 em Gysinnge (Suécia) por Kjellin. O primeiro forno de indução trifásico foi construído na Alemanha em 1906 por Röchling-Rodenhauser. Em 1907, foi produzido o primeiro aço em um forno de indução nos Estados Unidos (GANDHEWAR, 2011). A segunda guerra mundial proporcionou um grande impulso para a utilização da tecnologia de aquecimento por indução, particularmente no tratamento térmico de componentes de artilharia e projéteis. Também se verificou que os componentes dos tanques de guerra, como pinos, ligas e rodas dentadas podem ser endurecidos de forma mais eficaz pelo aquecimento indutivo (ZINN, 1988). Desde os anos 1970, a indução tem sido o principal método de fusão em fundições de metais não ferrosos e uma ferramenta importante em fundições de ferro (EPRI, 1999). Uma nova geração de fornos de indução industriais vem sendo desenvolvida ao longo dos últimos 25 anos. Com o desenvolvimento da eletrônica de potência, os fornos atualmente possuem retificadores controlados, que são capazes de gerenciar tanto a frequência quanto a intensidade da corrente necessária para a fusão, sendo capazes de atingir uma eficiência elétrica superior a 97%, uma melhoria substancial em relação à eficiência de 85% dos fornos de indução da década de 1970 (GANDHEWAR, 2011).
Características físicas e técnicas do forno
Em principio o forno a indução é um transformador no qual o primário é constituído por uma bobina que é percorrida por uma corrente alternada e que induz um