Os fins justificam os meios
Por que alguns líderes são julgados apenas por suas conquistas? Será que suas maldades são o reflexo das suas características como líder?
Por que razão as pessoas tendem a esquecer facilmente as falcatruas dos governantes e a desculpar os meios escusos utilizados por eles quando se tornam bemsucedidos no cargo? É impossível que um líder seja bemsucedido e ético ao mesmo tempo? Você seria capaz de transgredir as regras para alcançar uma posição de destaque na empresa ou na sociedade?
Durante os vinte e três anos em que Jack Welch representou a liderança da General Electric (GE), o valor da empresa no mercado saltou de 14 bilhões para mais de 400 bilhões de dólares. O fato levou a GE a ser considerada a empresa mais bemsucedida da
América. É sabido também que Welch costumava demitir os dez por cento do quadro de funcionários com pior desempenho a cada ano, de maneira impiedosa, porém isso se tornou irrelevante na história do executivo.
Indiferente aos meios utilizados, Welch também liderou pessoalmente o combate contra a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), na tentativa inútil de evadirse da responsabilidade pela poluição dos rios Hudson e Housatonic, com quase 500 toneladas de resíduos tóxicos. Contudo, Welch saiu ileso e hoje é venerado no mundo dos negócios.
Na esteira do pensamento de Welch, Lou Gerstner, expresidente da
IBM de 1993 a 2002, foi o responsável pela guinada e a retomada do crescimento da empresa ao mesmo tempo em que empresas do mundo inteiro amargavam prejuízos decorrentes da globalização.
Entretanto, não era tão fácil conviver com Gerstner. Ele acreditava que descansar era um luxo desnecessário e, assim sendo, não deixava que os funcionários da IBM aproveitassem a vida. O que valia para ele valia para os demais.
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