Os filósofos da natureza
Elaborado por Luiz Meirelles I – Introdução.
Até 600 a.C, aproximadamente, o homem grego explicava tudo por meio dos mitos, os quais começaram a surgir já no período Neolítico. Temos, entre outros, os mitos nórdicos (Tor – deus do trovão, e outros) e os mitos gregos (Zeus e Apolo, por ex.). Homero e Hesíodo, que viveram por volta de 700 a.C., são as fontes principais sobre os mitos gregos, e tornaram-se marcos históricos para o estudo desses mitos. O séc VI a.C. foi marcado pelo encaminhamento de uma estabilidade sócio-política entre os gregos, cujas cidades passaram a ser organizadas em pequenos grupos, denominados pólis, administrados pela aristocracia. O intercâmbio entre as várias cidades foi intenso e assim como as cidades jônias da Ásia Menor, entre as quais podemos citar Mileto e Éfeso, as colônias gregas da Itália meridional, entre elas Eléia, ganharam grande destaque pelas iniciativas culturais e políticas. Também o comércio foi bem desenvolvido por aquelas populações, o que lhes trouxe também a riqueza material. Foi nesse contexto que a Filosofia surgiu, num ambiente livre e distante do centro. Somente depois é que chegou à Grécia, propriamente dita, centralizando-se em Atenas.[1] A filosofia grega pode ser dividida em três períodos: o primeiro, naturalista, em que o pensamento filosófico busca uma resposta para as questões da natureza, isto é, o período pré-socrático; o segundo pode ser dito antropológico metafísico, e abrange, principalmente, Sócrates, Platão e Aristóteles; o terceiro é o período ético, desde o fim da época aristotélica – IV a.C. – até a decadência da sociedade grega, por volta de VI d.C. Neste artigo, apresentamos uma introdução ao primeiro período, naturalista, ou também como é mais conhecido, pré-socrático.
Importa sublinhar que o fato de ser denominado pré-socrático não quer dizer, rigorosamente, que todos os filósofos