OS ESTRUTURALISTAS E A INFLAÇÃO INERCIAL
FACULDADE DE ECONOMIA – FE
CURSO DE GRADUÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS
OS ESTRUTURALISTAS E A INFLAÇÃO INERCIAL
JUIZ DE FORA
2012
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
A inflação brasileira se mostrava altíssima no período após o governo de Juscelino Kubitschek, cujos planos empregados, tais como o Plano de Metas, deixaram como herança para os governos subsequentes uma economia desajustada e em crise.
Pesquisas da inflação da época apontaram que ela chegou a estar em torno de 70% ao ano, fato esse que levou o governo militar, em 1964, a tomar a decisão de indexar a economia brasileira, por causa da crise econômica vigente naquele período, o que mais tarde resultou em inflação inercial.
Os estruturalistas formularam a teoria da inflação e sua sofisticação, que foi a teoria da inflação inercial, a qual diz que a manutenção do patamar da inflação ocorre através do conflito distributivo entre os agentes econômicos que aumentam seus preços.
No Brasil, a inflação inercial está presente desde meados dos anos 70, e nosso trabalho buscou retratar como ela surgiu e qual a visão dos estruturalistas sobre este assunto.
2. ESTRUTURALISTAS
Os teóricos estruturalistas procuram explicar os processos inflacionários dos países em desenvolvimento e destacar que eles tem características que os diferenciam das economias desenvolvidas.
Os estruturalistas desenvolveram a teoria da inflação inercial e segundo eles, a inflação resulta de modificações estruturais na economia que provocam mudanças nos preços relativos, as quais, aliadas à rigidez de preços em alguns setores da economia e a passividade monetária, levam a subida dos preços absolutos.
Para os estruturalistas a inflação não resulta de medidas inadequadas de política fiscal e monetária, mas de limitações e inflexibilidades da estrutura econômica