os espaços ocupacionais do assistente social na saúde
Contextualizar o Serviço Social do ponto de vista dos elementos que compõe a formação do assistente social até as questões postas ao exercício profissional na segunda década do século XXI não é tarefa fácil. Trilhar esse caminho exige da categoria análise profunda, rigorosa, crítica e um debate coletivo que assegure princípios consolidados ao longo dos últimos anos e resultantes de árduas lutas. O atual estágio do capitalismo mundial, marcado pela parte financeira e sustentado pelo monopólio das grandes corporações imperialistas, tem demonstrado um quadro cada vez maior de concentração, centralização e acumulação do capital, intensificando a desigualdade social. O que se evidencia na atualidade é um crescente quadro de miserabilidade, de exploração e opressão dos trabalhadores em detrimento da riqueza acumulada nas mãos de um pequeno grupo. Mesmo em face de uma crise sistêmica do capitalismo contemporâneo, o que se observa são estratégias em todos os campos, seja no político, econômico, ideológico, cultural e social, para sustentar a lógica da acumulação da riqueza mediante a exploração do trabalho e intensificação da miséria. Nesse sentido, também se redesenha e redefine o papel do Estado, com seu traço neoliberal, no que tange às respostas dadas à classe trabalhadora em relação a os direitos sociais. O Estado se apresenta de forma minimalista reforçando os preceitos do assistencialismo, do voluntarismo e da filantropia, desconsiderando as orientações de cunho universal previstas constitucionalmente. Sendo assim, é necessário situar o Serviço Social frente às profundas transformações societárias ocorridas nas últimas décadas, em especial no mundo do trabalho e na esfera estatal com o advento do neoliberalismo, pois tais alterações trouxeram rebatimentos para a classe trabalhadora, tendo em vista o agravamento da questão social. Portanto, pensar o Serviço Social na ordem capitalista contemporânea, é compreendê-lo numa lógica contraditória, que ao mesmo