Os espaços líquidos da cibermídia

Na internet, a palavra “rede” não se constrói segundo princípios hierárquicos, mas como se uma grande teia na forma do globo envolvesse a terra inteira, sem bordas nem centros. Seu funcionamento depende não apenas do papel capital desempenhado pela informática e pelos computadores, mas da comunicação que se institui entre eles através da conexão em rede. Ela se compõe de um número de dezenas de milhares de subredes, elas mesmas conectadas a redes chamadas de “espinhas dorsais” ou “redes federativas”. Dentre as subredes, a mais empregada é a WWW (World Wide Web). A chave para conectar a rede está no seu conjunto de regras de comunicação ou protocolos. Para o usuário, a execução dos protocolos da rede é até certo ponto fácil, na medida em que não é necessário saber o que está por baixo da interface na tela. Por trás da tela, os protocolos têm um método de transmissão que é comum a muitos outros tipos de redes de dados, a comutação de pacotes. Isso significa que as transmissões digitais são quebradas em pequenas parcelas de dígitos, chamados de pacotes. Cada pacote tem bits adicionais, indicando os endereços na rede tanto da parte emissora quanto da parte receptora, a seqüência do número de cada pacote e um código para a verificação de erros. A vantagem disso é que muitas mensagens podem simultaneamente compartilhar de um único circuito. O futuro da tecnologia de comutação de pacotes será aumentar a velocidade de transmissão em várias ordens de magnitude através da fibra ótica. Deverá haver priorização de pacotes de modo que pacotes de voz e vídeo, que exigem entrega imediata, poderão receber tratamento preferencial sobre aplicações que aceitam algum atraso, como correio eletrônico. O universo virtual das redes alastrou-se exponencialmente por todo o planeta fazendo emergir um universo paralelo ao universo físico. Por ser um gigante descentralizado, não conhece regras de jogo universais e nem donos. O universo paralelo, que tem sua matriz na internet, que abriga