Os equinodermes
MÓDULO 1 - CARACTERÌSTICAS GERAIS DOS EQUINODERMES
Os equinodermes (Gr. echinos, ouriço, + derma, pele, + ata, caracterizado por) constituem um dos filos mais distintos e facilmente reconhecíveis do Reino Animal (STORER et al, 1998).
São animais marinhos que incluem as estrelas do mar (Classe Asteroidea), os ofiuróides (Classe Ophiuroidea), os ouriços-do-mar (Classe Echinoidea), os pepinos do mar (Classe Holothuroidea), os crinóides (Classe Crinoidea) e, por fim, as margaridas do mar (Classe Concentricycloidea), equinodermes mais recentemente descobertos ao largo na Nova Zelândia, a mais de mil metros de profundidade. O filo contém cerca de 6.000 espécies conhecidas e constitui o único grupo importante de invertebrados deuterostômios (STORER et al, 1998; HICKMAN, ROBERTS e LARSON, 2003).
Em geral eles representam um grupo estranho que se distingui claramente de todos os outros animais. Segundo HICKMAN, ROBERTS e LARSON (2003), com uma combinação de características que deleitariam o mais ávido leitor de ficção científica, os equinodermes teriam confirmado a observação feita por Lord Byron de que: “É estranho – porém verdadeiro; pois a verdade é sempre estranha. Mais estranha que a ficção”.
Isto se deve ao fato de que os equinodermes burlaram as regras tornando-se vágeis e radiais ao mesmo tempo. Não há dúvida de que eles evoluíram de um ancestral bilateral, pois suas larvas são bilaterais. Eles sofreram uma estranha metamorfose na qual o eixo do corpo passa por uma reorientação de 90º, resultando num adulto com simetria radial.
Porém, a principal característica que os diferem de outros grupos de animais, está na transformação do celoma em um sistema hidrovascular original que utiliza a força hidráulica para operar uma miríade de diminutos pés ambulacrais utilizados na captura de alimento e na locomoção (HICKMAN, ROBERTS e LARSON, 2003; BARNES, FOX e RUPPERT, 2005).
Segundo STORER et al (1998), todos são animais grandes e nenhum