Os efeitos fisiológicos dos esteroides anabolizantes

Introdução

Quando vencer é o mais importante, a maioria dos atletas somente se preocupam em superar seus rivais e serem vitoriosos na maioria das vezes, não importando os meios que utilizaram para atingir seus objetivos. Frequentemente não refletem a respeito do “natural” do “artificial”. Por exemplo, na antiga Grécia, na época das Olimpíadas, muitos campeões perderam sua glória por ter ingerido testículos de carneiro (principal origem de testosterona). Por outro lado, desde a antiguidade os africanos usam plantas para afastar a fadiga e o cansaço; bem como os noruegueses Vikings, acreditavam que comendo fungos se manteriam acordados e descansados para as suas batalhas e conquistas pelo alto mar (LISE; et al., 2002).
O uso dos esteróides anabólicos data de 1941, na Segunda Guerra Mundial, serviu como apoio para que os soldados americanos enfrentassem a batalha com mais disposição, aliviar o cansaço, afastar a fadiga, além de promover um aumento da agressividade, necessária para enfrentar uma guerra. Seguiam juntamente com as botas, casacos, armas e alimento para os campos de batalha. O uso por atletas data de 1954, mas, somente em 1972, nos Jogos Olímpicos de Munique, passaram a fazer parte da lista de drogas proibidas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
O uso de Esteroides Anabolizantes Androgênios (EAA) vem crescendo muito nos últimos anos, não somente entre atletas como também em pessoas que praticam atividades físicas, visando aumentar a massa e/ou força muscular, bem como para obter alterações estéticas (DA SILVA; et al, nov. 2002).
Porém, o uso indiscriminado dos anabolizantes vem causando sérios prejuízos à saúde das pessoas, principalmente de adolescentes e jovens que buscam o tão almejado “corpo perfeito” tão valorizado pela mídia e pela cultura contemporânea (LISE; et al, 1999).
Nos Estados Unidos da América, o uso crescente de anabolizantes artificiais com fins estéticos, é considerado como uma “Epidemia Silenciosa”. Pesquisas americanas