Os ecossistemas no litoral de Moçambique
Os Recifes de Coral
Calcula-se que cerca de 60 % das pescarias de subsistência em Moçambique, a chamada pesca artesanal, tenha como base os corais, localizados essencialmente a norte do País. Os corais são conjuntos de diminutos animais que formam colónias em zonas de águas muita limpas e pouco produtivas, formando verdadeiras cidades submersas que se tornam o centro de atracção de milhares de espécies de animais e plantas.
Acropora, Montipora e Porites são os géneros mais abundantes de corais duros e Sinularia, Lobophytum de corais moles. Foram já identificadas cerca de 800 espécies de peixes de recife. Estima-se que os recifes de coral em Moçambique ocupem uma área entre 1 290 Km² e 2 500 Km2. Os recifes de coral constituem uma das principais atracções na indústria de turismo. Este ecossistema é uma importante fonte de recursos biológicos no que se refere à sua complexa biodiversidade e é a base das pescarias tropicais e ecoturismo marinho.
Os Mangais
São plantas com adaptações específicas para sobreviver em condições de submersão em águas salobras. São árvores sempre verdes, tolerantes a salinidade e encontradas na zona entre-marés (entre a terra firme e o mar), em abrigos relativos como em estuários, deltas, baías e lagoas costeiras. Os mangais constituem formações de reconhecida riqueza, tendo um papel importante na regulação do meio ambiente e um alto valor económico. São dos ambientes mais específicos e importantes que existem. Este ecossistema é extremamente produtivo e para além do que produz, transforma matéria orgânica que acaba sendo transferida para os outros ecossistemas, nomeadamente os recifes de coral e tapetes de ervas marinhas. É também um sistema que tem funções de "limpeza" da água que é drenada da terra para o mar (até uma determinada capacidade filtra elementos como toxinas, químicos, hidrocarbonetos, etc.). O mangal é importante na prevenção da erosão da costa e das margens dos rios, na redução das