Os Doze Raios Do Amor
Décima Segunda Ensinança
O primeiro raio de amor é o instinto animal que impulsiona à conservação das espécies. Em ritmo louco, como se fossem absorvidos por um poderoso redemoinho, lutando, matando e mesmo sucumbindo por esse intenso desejo de conservação, os diversos tipos de animais e de raças humanas pugnam para sobreviver através dos tempos.
Tudo perece; porém até o último alento a carne luta desesperadamente por sua conservação. Assim, por esse magnífico e inconsciente desejo de ser, se mantêm os milhares e milhares de astros que povoam o espaço. Tudo é movido pela mesma força: o amor.
O segundo raio do amor é defensivo e desenvolve a autoconsciência do indivíduo. O amor defensivo se estende até o limite demarcado pelas necessidades do defensor: defesa de si próprio, sua prole, seu alimento e o que seja indispensável à sua vida.
Os aspectos primitivos do amor defensivo não são necessários a esta altura do desenvolvimento da sociedade; ao contrário, são causa de ruína, destruição e morte. Não obstante, o amor defensivo lançou raízes tão poderosas que agora os seres humanos não conseguem desprender-se dele.
Pela defesa formaram-se as famílias, os clãs, as nações, os códigos, bem como as sociedades de proteção e ajuda mútua.
Ao sentirem-se relativamente seguros e defendidos no ambiente que criaram, os seres humanos orientam seu amor animal para o terceiro raio do amor: o amor ao próprio corpo.
O amor ao corpo é indefinido, misterioso e sutil. Desde o momento em que a criança se vê refletida na água da fonte ou no espelho de sua casa, conhece esse estremecimento, às vezes subconscientemente vergonhoso, de auto-atração. É como se encontrasse alguém que não é ela mesma e que, no entanto, tem buscado toda sua vida; é uma mórbida satisfação, um definitivo descenso à matéria.
Com o tempo esse amor torna-se cada vez mais forte e egoísta, especialmente naqueles que não encontram um objetivo mais elevado para sua vida. O temor contínuo de que o