Os doze da inglaterra - resumo
As damas apelaram, então, ao Duque de Lencastre, sogro do rei de Portugal (D. João I), para que as ajudasse a encontrar defensores para o pleito. O Duque de Lencastre solicitou a ajuda dos portugueses, pois conhecia as qualidades cavaleirescas deste povo, quando andara em guerra na Península Ibérica. O pedido foi, imediatamente, aceite pelos doze cavaleiros, que se propuseram a partir, o mais cedo possível, em defesa das damas inglesas. O navio que transportou os doze portugueses partiu do Porto, no entanto, um dos cavaleiros, D. Álvaro Gonçalves Coutinho, o Magriço, decidiu ir por terra, para ter oportunidade de alcançar grandes glórias e fama, e juntar-se, mais tarde, aos companheiros.
No dia do combate, em Inglaterra, os cavaleiros portugueses, quando se alinharam perante os doze cavaleiros ingleses, reparam na desigualdade entre os dois partidos, pois Magriço ainda não tinha chegado. Estava a justa para iniciar-se, quando a população começou a produzir grande burburinho pela aproximação do Magriço, que se juntava, então, aos companheiros. Primeiro combateram a cavalo e, depois, a pé, terminando a contenda com a vitória dos Portugueses que, perante a sociedade inglesa, recuperaram a honra e a nobreza das damas. Os valorosos Portugueses ficaram, a partir daquele momento, conhecidos como os Doze de Inglaterra.
Narrado por Fernão Veloso, o mítico episódio dos Doze de Inglaterra foi imortalizado no canto VI (estrofes 42 a 49) d'Os Lusíadas, de Luís de Camões, que terá recolhido, provavelmente, a história do manuscrito quinhentista, Crónica Breve das Cavalarias dos Doze de Inglaterra. Quanto à veracidade da existência do