os dois sentimentos

Os Dois Sentimentos da Infância

O sentimento da infância diz respeito à consciência da distinção que há entre a criança e o adulto, a partir de suas particulariedades infantis. Partindo deste ponto observamos então todo o percurso deste sentimento da infância.
Na idade Média este sentimento não existia. As crianças logo que tinham suas necessidades básicas supridas eram inseridas no mundo adulto, logo era uma sociedade de adultos, composta por crianças e jovens. Já as pequeninas nem mesmo eram contadas, pois eram muito frágeis e não podiam ainda ser utilizadas para o trabalho domestico tarefa que aprendiam logo cedo, caso superassem a fase de grande mortalidade, improvável, já eram confundidas com adultos. Com isso a arte passava a mostrar a criança semelhante ao adulto, sem diferenciação.
O primeiro sentimento da infância surgiu na família, admitindo à criança a sua personalidade, neste momento começam certas diferenciações nos trajes e entendimento da fragilidade e inocência infantil. Com a ingenuidade, graça tornava-se diversão para os adultos, sentimento esse chamado de “paparicação”. O que antes era um sentimento, talvez escondido pela mãe e pela amas, era demonstrado para que todos vissem e posteriormente explicitado principalmente no povo, onde as crianças eram extremamente mimadas.
Este sentimento causava em alguns, principalmente nos moralistas e educadores do século XVII, uma repulsa, pois eram crianças mal educadas e para eles eram tratadas como “macacos”. Este é o segundo sentimento, em que via as crianças separadas dos adultos, principalmente à mesa.
Havia apego com a infância por um interesse psicológico, uma forma de entendê-las para criar melhores métodos para a educação. Desta forma, propõe-se conquistar os filhos de forma doce e sutil para que fossem bem educados e futuros homens honrados. Este sentimento foi difundido pelos eclesiásticos e moralistas que se preocupavam com os costumes e disciplina. A preocupação com a disciplina