Os dois sentimentos da infância
478 palavras
2 páginas
Resenha do capítulo: ”Os dois sentimentos da infância“ do livro: “ História social da criança e da família” escrito por Philippe Aries. Os dois sentimentos da infância Na sociedade medieval o sentimento de infância não existia isso não significa que as crianças fossem negligenciadas, mas o sentimento não significava o mesmo que afeição. A consciência da particularidade infantil era desconhecida. A partir do momento que a criança tinha condições de viver sem a amamentação, ela ingressava na sociedade dos adultos sem nenhuma diferenciação. Desde o século XIV a personalidade que se admitia existir nas crianças e o sentido poético familiar que se atribuía à sua particularidade começou a ser exprimida na arte, iconografia e na religião. Nas camadas superiores dos séculos XVI e XVII a criança começa a ser diferenciada dos adultos com um traje especial, uma prova da mudança ocorrida na atitude com relação às crianças. Surge um novo sentimento da infância: a “paparicação”, em que a criança se tornava uma fonte de distração e de relaxamento para o adulto. A maneira de ser das crianças deve ter sempre encantadora às mães e às amas, mas esse sentimento se enquadrava no grupo de “sentimento não expresso”, entretanto de agora já foi para o grupo do “sentimento expresso sem receio”. No fim do século XVI, sobretudo no século XVII algumas pessoas consideravam insuportável a atenção que se oferecia as crianças. Esse sentimento de exasperação era tão novo quando a “paparicação” e mais estranho à promiscuidade indiferente das idades da sociedade medieval. Não se considerava mais desejável que as crianças se misturassem com os adultos, em especial na mesa, até por que essa mistura permitia que fossem mimadas e mal-educadas. Já no fim do século XVII essa “paparicação” não se limitava apenas nas crianças bem nascidas, as quais sob a influência dos moralistas deixam de ser tão paparicadas. Esta “paparicação” no meio do povo fez com