Os Dois Circuitos da Econômia
A Gênese dos Dois Circuitos da Economia Urbana nos Países Subdesenvolvidos.
Milton Santos começa falando sobre a modernização contemporânea, os produtos do sistema tecnológico (capital, tecnologia, difusão da informação), os quais são controlados pelas industrias em grande escala, representadas pelas firmas multinacionais, e pela dimensão tecnológica a qual se torna um papel importante e autônomo dentro do sistema de difusão e informação.
Assim, nasce um novo período histórico, onde pela primeira vez, variáveis elaboradas no exterior têm uma difusão sobre toda ou a maior parte do território e que vai afetar todos os habitantes de diferentes níveis. Essa difusão, a da informação e a de novas formas de consumo constituem para Milton Santos dois dos maiores elementos da explicação geográfica, pois, por expansão de suas várias repercussões, geram ao mesmo tempo, ambas as forças: a de concentração e a de dispersão, cuja interação define os modos de organização espacial.
Desta forma, SANTOS traz uma teoria que vai explicar as inter-relações entre o capital tecnológico, indústrias, produção, consumo e sociedade. "A revolução no campo do consumo tem sido acompanhada por uma deformação da estrutura do consumo" (Santos, 2005 apud Furtado, 1968), resultando então de novas formas de produção e comercio.
O autor visa estas tendências de modernização contemporânea nos Países do Terceiro Mundo, como geradoras de um número limitado de empregos, e a industria com cada vez menos respostas à necessidade de geração de empregos, onde nas cidades de países subdesenvolvidos, o mercado de trabalho está se deteriorando e uma alta porcentagem de pessoas não tem emprego nem renda permanentes.
Nesta concepção, Santos coloca uma desigualdade, uma distinção aos que tem um permanente acesso aos bens e serviços, e os que mesmo apresentando necessidades dos mesmos bens e serviços, não podem satisfazê-las. Ou seja, indivíduos com salários muito baixos,