"Os Direitos conquistados pelos trabalhadores na Gestão de Vargas "(1930-1945) (1951-1954)
(1930-1945) (1951-1954)
Introdução
A Revolução de 1930 foi um marco na história do Brasil, pois ela desencadeou atitudes que proporcionariam com o decorrer dos anos mudanças significativas resultando na modernização e evolução do país. (TRONCA, 1986). Uma luta que se iniciou na década de vinte com o objetivo de modificar a estrutura política do país, além da de permitir a educação pública obrigatória, reforma agrária, voto secreto, entre outros, prosseguiu pelos anos seguintes até atingir as mudanças exigidas. (PANDOLFI, 2003).
Durante a era Vargas o trabalho passou a ser visto como um meio do trabalhador conquistar sua cidadania e também como forma que o governo encontrou de implantar o sentimento de nacionalismo do povo. Gomes afirma ainda em sua obra que:
O trabalho passaria a ser um direito e um dever; uma tarefa moral e ao mesmo tempo um ato de realização; uma obrigação para com a sociedade e o Estado, mas também uma necessidade para o próprio indivíduo encarado como cidadão. A complexidade dessa autêntica transformação de mentalidade — como os ideólogos do pós-30 a encaravam — talvez só possa ser razoavelmente dimensionada com o registro de que o Brasil foi uma sociedade escravista por quatro séculos, sendo o último país do mundo a realizar a abolição. Ou seja, a formulação liberal clássica que associa o ato de trabalhar com riqueza e cidadania sempre estivera ausente do país e produzir uma identidade social e política para o trabalhador era um esforço muito grande. (GOMES, 1999:55).
Este trabalho tem o objetivo de analisar os direitos conquistados pela classe operária na gestão Vargas, as mudanças e conflitos ocorridos durante o Estado Novo e o Governo Constitucional, até chegar em seu segundo mandato.
CAPITULO 1
1. Os primórdios da Era Vargas: Governo Provisório
No ano de 1929, a coligação partidária Aliança Liberal lançou como candidato à Presidência da República