os deuses devem estar loucos
Este objeto completamente desconhecido pelos nativos é recebido como um “presente dos deuses”, colocando-nos assim diante da relatividade da cultura e dos seus significados. O filme revela como os sentidos atribuídos ao mundo podem variar no tempo e no espaço e de como o nosso comportamento é guiado por esses elementos da cultura cotidiana.Um simples objeto leva-nos a uma viagem cultural, conhecer o mundo complexo de outras culturas que existem para além da nossa. Verificam-se comportamentos etnocêntricos, antropológicos e de relativismo cultural.
Neste filme, encontramos três culturas distintas: os bosquímanos, os tswana e sociedade contemporânea dita civilizada. A tribo bosquímana trata-se de uma tribo arcaica africana que tem uma vida pacata e muito feliz. Para eles, não há normas nem regras que tem que ser seguidas, e também não existe uma autoridade.
Já os Tswana , por impulso das atividades econômicas, reorganizaram-se socialmente. Trata-se de uma comunidade segmentária-linhageira, porque se organizam em clãs segmentados.
Quando os bosquímanos encontraram a garrafa, pensaram que era uma oferenda dos Deuses. Nunca a tinham visto antes e consideraram-na como algo maravilhoso. Fizeram-lhe vários testes e concluíram que é mais dura que os objetos duros que conheciam. Por experiência, inventam múltiplas e variadíssimas utilidades para o seu uso. Como era só um objeto e muitos o requisitavam, este elemento estranho à cultura tornou-se rapidamente num bem escasso e passado algum tempo, começou a ser disputado e tornou-se alvo de discórdias e conflitos e