Os desafios na formação e no mercado de trabalho das Ciências Sociais
Juliana Nunes Behrend1
Nicole San Martins Soares2
Resumo
Este artigo tem como objetivo apresentar os principais desafios tanto na formação quanto no mercado de trabalho das ciências sociais. Apresentando os principais problemas que envolvem a formação tanto do bacharel quanto do licenciado. Destacando a regulamentação da profissão, a estruturação do curso as dificuldades de ingressar no mercado de trabalho, remuneração e questões relacionadas ao espaço que o cientista social ou sociólogo ocupa na sociedade.
Palavras-chave: mercado de trabalho, profissional, formação, cientista social, sociólogo.
Introdução
O objetivo desse artigo é analisar os problemas e desafios que os profissionais, tanto licenciados quanto bacharéis, das ciências sociais encontram na sua formação e no mercado de trabalho. O primeiro problema que podemos destacar é que formamo-nos cientistas sociais, mas a profissão regulamentada o descreve como sociólogo. Nesse ponto já encontramos uma lacuna, pois as ciências sociais são baseadas a partir de um tripé (sociologia, ciência política e antropologia). Outro aspecto a ser abordado envolve a formação do profissional. Seremos técnicos ou acadêmicos. Hoje encontramos grandes lacunas e deficiências na formação do cientista social, tanto em relação à forma como as disciplinas são distribuídas na grade curricular, quanto no conteúdo de suas ementas. Além disso, muitos dos cursos de ciências sociais no Brasil estão estruturados de maneira estritamente teórica e acabam deixando lacunas quando não contemplam a prática profissional do aluno e esse é um grave problema, pois não havendo a relação da teoria vista em sala de aula com a prática do mundo real, não é possível perceber de fato a função social que agregamos e muito menos perceber o espaço que temos no mercado de trabalho.
O mercado de trabalho para os sociólogos e para os professores de Sociologia é distinto, mas