OS DESAFIOS DA GESTÃO ESCOLAR EM ESCOLAS NUCLEADAS
Ediane Almeida Sousa¹; Antonia Almeida Silva²
1. Bolsista PROBIC/CNPQ, Graduanda do curso de Pedagogia, Universidade Estadual de Feira de Santana, e-mail: edyane.14@hotmail.com
2. Orientadora, Departamento de Educação, Universidade Estadual de Feira de
Santana, e-mail: antoniasilv@gmail.com
PALAVRAS-CHAVE: Gestão Escolar, Educação do Campo, Escolas Nucleadas.
INTRODUÇÃO
Pensar em Educação do Campo é primeiramente analisar o processo de reinvindicações em prol de uma educação igualitária para os povos do campo. É sabido que durante muito tempo, a educação para estes povos não tinha como base a cultura e a identidade dos cidadãos campesianos, mas sim seguia as finalidades de uma educação para povos com cultura, crenças, ideais, religiosidades, histórias e identidades diferenciadas. Essa realidade se dava pela ideia que se tinha dos habitantes do campo, ideia essa que se baseava na declaração que os mesmos não necessitavam de educação específica. Miguel Arroyo
(2004, p.71), ilustra esse fato com a seguinte reflexão:
A imagem que sempre temos na academia, na política, nos governos é que para a escolinha rural qualquer coisa serve. Para mexer com a enxada não há necessidade de muitas letras. Para sobreviver com uns trocados, para não levar manta na feira, não há necessidade de muitas letras. Em nossa história domina a imagem de que a escola do campo tem que ser apenas a escolinha rural das primeiras letras. A escolinha cai não cai, onde uma professora que quase não sabe ler ensina alguém a não saber quase ler.
Neste cenário, os movimentos sociais se constituíram num dos principais vetores de problematização da realidade educacional do campo, com o objetivo de defender uma educação voltada para os povos que vivem e produzem esse espaço social, e defender uma educação básica digna para as crianças do campo e, batalhar por direitos para estes cidadãos que também são seres capazes de