Os Corpos Dóceis

1419 palavras 6 páginas
O autor aponta para a descoberta do corpo como objeto e alvo de poder e controle, passível de ser disciplinado. O corpo é algo dócil e frágil passível de ser manipulado e adestrado. Isto ocorre no século XVIII, que inova na metodologia de doutrina comportamental, modificando os conceitos de escravização e domesticação das épocas clássicas. Com essa inovação, há produção de corpos dóceis, submissos, especializados e capazes de desempenhar diversas funções. É um corpo dócil no sentido de que é manipulado, modelado, treinado e que obedece se tornando hábil. Este corpo sofre uma coerção sem folga. “É dócil um corpo que pode ser submetido, que pode ser utilizado, que pode ser transformado e aperfeiçoado” pg.118
Com a disciplina, a resistência que o corpo pode oferecer ao poder diminui, assim aumentando a força em termos econômicos. O corpo aqui é produtivo e submisso, sendo essa submissão e sujeição, não obtida somente pelos instrumentos de violência ou ideologia, podendo se usar força contra força sem ser violenta, ela pode ser calculada e organizada sutilmente, não fazendo uso de armas ou terror e ainda continuar a disciplinar fisicamente.
Os processos disciplinares já existiam nos conventos, no exército e nas oficinas, mas somente no decorrer dos séculos XVII e XVIII que as disciplinas se tornam fórmulas gerais de dominação.

"O momento histórico das disciplinas é o momento em que nasce uma arte do corpo humano, que visa não unicamente o aumento das suas habilidades, mas a formação de uma relação que no mesmo mecanismo o torna tanto mais obediente quanto mais útil é. Forma-se então, uma política de coerções que consiste num trabalho sobre o corpo, numa manipulação calculada dos seus elementos, dos seus gestos, dos seus comportamentos. O corpo humano entra numa maquinaria de poder que o esquadrinha, o desarticula e o recompõe. A disciplina fabrica assim corpos submissos e exercitados, os chamados "corpos dóceis". A disciplina aumenta as forças do corpo (em

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