Os conflitos chineses: Tibet e Taiwan
O começo
Em 1720, durante a dinastia Ching, os chineses conquistaram o Tibet, e desde então, a China reivindica soberania sobre a região tibetana. Com a queda da dinastia Ching uma conferência em 1913 foi realizada, determinando que a nação seria dividida: uma parte independente e outra pertencente a China, que nunca concordou com o acordo. Em janeiro do mesmo ano, a força tibetana expulsou as tropas e oficiais chineses. Isso ficou marcado como um grande ato, mas essa “independência” não era nada oficial. Anos depois, em 1933, a morte do Dalai Lama garantiu um grande enfraquecimento político para o Tibet.
Razões
O motivo do Tibet ser um lugar tão disputado pode ser explicado pelo fato da posição estratégica da região: seu território faz fronteira com Mianmar, Butão, Nepal, e principalmente, a Índia. Fora o fato de os principais rios da Ásia nascerem no planalto tibetano e das ricas reservas florestais e minerais. Dar autonomia para o Tibet significaria para a China uma grande perda de poder e de riquezas naturais.
A ocupação
Em 1949, Mao Tsé-Tung comandou a Revolução Chinesa e se tornou o primeiro presidente da China. Um ano depois, invadiu a região de Chamdo, no Tibet, e em pouco tempo tomou a sede do governo local. Os tibetanos manifestaram sua indignação sobre a ocupação chinesa na ONU, mas esta adiou o assunto. No mesmo ano foi escolhido o novo Dalai Lama, que na época tinha apenas 16 anos. Em 1951 o Dalai Lama foi a Pequim assinar um acordo, e o governo chinês propôs um tratado que estabelecia que o Tibet seria uma região autônoma da China sob o domínio tradicional do Dalai Lama. Na prática, o Tibet permanecia sob o controle da Comissão Comunista da China. O governo chinês ainda ameaçou o governo tibetano de um ataque ainda mais agressivo. Com o acordo assinado, a China ocupou toda a região. Sem poder oferecer grandes resistências, o Tibet teve suas tradições culturais, políticas e religiosas denegridas. Diversos mosteiros foram destruídos,