OS Companheiros
Neste filme, Os Companheiros, o diretor italiano Mario Monicelli adota uma postura de critica à política da época. Nos anos finais do século XIX, a classe operária vivia uma situação de miséria e brutal exploração. Os operários trabalhavam em jornadas de trabalho acima de 12 horas diárias, com o mínimo de horário de descanso; em dados momentos, os operários nem conseguem terminar as suas refeições. Outra coisa que chama bastante atenção, é o fato dessas jornadas serem impostas aos trabalhadores, principalmente nas fábricas. Agressões físicas, verbais, terror psicológico, eram algumas das ferramentas usados pela classe patronal, para minorizar os operários. Como entravam cada vez mais cedo nas fábricas (12, 13 anos de idade), a maioria não sabia ler, nem escrever. Devido ao excesso de horas na jornada de trabalho, um operário após cochilar no serviço, teve o braço preso em uma das máquinas e acabou inválido e desempregado. Nesta cena, os próprios colegas fazem coletas financeiras para ajudar o colega inválido. Os institutos que conhecemos hoje como, licença maternidade, férias, seguridade social, nada disso existia. Diante disso, viu-se a necessidade de reivindicar melhores condições de trabalho (a redução de pelo menos uma hora da jornada diária nas fábricas). Só que faltava experiência para organizar a resistência dos trabalhadores e suas primeiras tentativas foram fracassos totais. Daí nasce, a indispensável presença dos professores, para orientar e liderar o processo do movimento intectual, até mesmo estimulando o início de uma greve contra a exploração do trabalho local. O Professor Sinigaglia, começou a orientar de forma precisa os operários a como fazer um fundo de greve, como negociar, e o mais importante, mostrava a todos os operários a necessidade da luta e da revolução. Só que ao invés de organizar e mostrar bons resultados a comunidade operária, as ações do professor, começam a criar uma situação crescentemente