Os ciclos de aprendizagem
Os Ciclos de Aprendizagem
Novos Espaços - Tempos de Formação
Ensinar é dispor de um tempo definido para atingir objetivos. A introdução de ciclos de aprendizagem plurianuais modifica esse parâmetro: o professor não precisa prestar contas de seu trabalho ao final de cada ano letivo, mas apenas na conclusão do ciclo, no momento em que seus alunos passam para o ciclo seguinte.
Pode-se concluir que os ciclos, principalmente com dois anos de duração, só exigem dos professores uma adaptação marginal. Seria a mesma coisa que alguém mudar para uma casa maior: um pouco surpreso no início, ele se habitua, adota novas referências e, depois de algum tempo, já não imagina como pode ter vivido de outra maneira. Se o obrigássemos a voltar a sua antiga casa, ele se sentiria "apertado", não compreendendo por que resistiu à mudança.
Paradoxos
Se os ciclos de aprendizagem plurianuais não exigem dos professores nenhuma nova competência, eles não têm o que temer, já que todos conseguirão retomar suas rotinas após uma curta fase de adaptação. Quem poderia se queixar disso? Tal cenário seria ótimo se não houvesse o risco de criar ciclos de aprendizagem que não mudam nada. Por que haveremos de introduzir ciclos se não for para combater o fracasso escolar e, por conseqüência, para criar melhores condições para uma pedagogia diferenciada para uma individualização dos percursos de formação?
Primeiro paradoxo: se os professores conseguem rapidamente e sem dificuldade pôr em funcionamento